segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Oásis no Deserto

À Thais

Eu, patético farrapo, esquelético,
Sou verme que rasteja num desértico
Mar de ásperas areias quentes, triste
Apenas solidão em mim existe!

A noite cai, escurece o mundo
Atormenta-me todo pensamento imundo…
E meu corpo, pelo frio devastado
Treme sob um trapo desgastado!

Quase ao morrer de solidão neste deserto
Encontrei um oásis, no teu peito aberto
Que jorra água pura, onde irei me refrescar…

Confortar-me nos teus dizeres sábios
Matar a sede no toque dos teus lábios
No oceano dos teus olhos me afogar!