quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Cinema do Retorno Eterno

Cansei de ir ao cinema sozinho
Cansei de contar os dias para uma data inexistente
Nada do que faço agrada a mim mesmo.
Meus revezes são fúteis.
Minha fortuna, vã.
Pergunto-me, não mais o sentido,
Mas a graça que há em viver.
Se é que há alguma...                  
O pranto não vem,
Nem sequer o riso.
Não há êxtase, mas anestesia.
Uma alma magra num mar de marasmo medíocre,
É tudo o que sou.
Uma criança perdida dos pais
Que se afasta de casa cada vez mais
E por fim, chega a lugar nenhum
E vai morar no Esquecimento.

Os natais vêm e logo se vão, um após o outro.
Sem nada de novo.
Um após o outro…
Um relógio do tempo quebrado e jogado fora
E tudo se repete
Como um filme que já vi mil vezes
Mas que o enredo é fraco
E tudo se repete…

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